sábado, 15 de junho de 2013

Um dia na capital paulista

Quando falamos em ir a São Paulo, o que vem a cabeça dificilmente está relacionado a turismo. São Paulo costuma ser uma cidade funcional: compras, cursos, negócios. As pessoas geralmente vão a São Paulo para fazer algo útil. Mas existe turismo em São Paulo! Eu, como paulistana, confesso que não vejo a cidade assim, afinal, dificilmente a gente "turista" em nossa própria casa, mas fiz a experiência de um dia de turismo na Capital paulistana e decidi compartilhar com vocês!

O esquema é bem um bate-volta, o roteiro é ideal para alguém que quer passar um dia em um lugar diferente, como foi no nosso caso, aproveitar a emenda de feriado já que não poderíamos fazer uma viagem mais longa, por exemplo.

Eu já estava na cidade, mas as minhas amigas foram de carro e o deixaram no estacionamento do terminal rodoviário Tietê. O plano era percorrer a cidade de metrô. Particularmente, eu acho a melhor opção. São Paulo é uma cidade muito grande, ficar circulando de carro pode ser mais complicado - acertar caminhos (mesmo com gps), achar lugar para estacionar, pagar vários estacionamentos - o metrô funciona, é fácil e barato! E faz parte do passeio, né? Ir às grandes cidades - Londres, Nova Iorque, Paris, São Paulo - e conhecer o metrô é como conhecer a vida daqueles que lá vivem, é como fazer parte da cidade realmente!

Bom, o primeiro destino do dia foi: Estação Trianon-MASP 

Fiquei com vergonha de mim mesma por ser uma paulistana que nunca tinha ido ao MASP. Eu nem mesmo sabia da riqueza do acervo, impecável!
O passeio começa pela 2º piso.  Primeiro, passeamos pelas gravuras - vão desde as mais antigas até as mais modernas, já coloridas e muito próximas às fotografias. É legal ver paisagens que são já conhecidas com o olhar do artista há muitos séculos. Em seguida, há o setor das Madonas. Lindo de ver as mulheres "cheinhas" inspirando os artistas! O museu abriga obras de artistas renomados, um privilégio para os paulistanos - Renoir, Van Gogh, Monet, Manet, Delacroix, entre outros - por isso, você aí que mora em São Paulo, cria vergonha na cara e vai conhecer o Museu! Aproveita que na terça-feira, é de graça.
( Rosa e Azul, Renoir - ele é até iluminado de tão lindo! Dá vontade de levar pra casa! ps.: a foto não é minha, eu não tirei fotos porque achei que não podia, mas achei essa na internet.. tsc tsc)

Há ainda o setor do Romantismo, dos Retratos e das esculturas (com presença de Brecheret e Rodin) e sempre há exposições temporárias. Tivemos a sorte de  conferir a exposição do Portinari - Séries Bíblicas e Retirantes. Para quem é fã de Vidas Secas (como eu) não tem como não se emocionar:

Para quem não pode usufruir a gratuidade da terça-feira, a entrada do Museu custa 16,00, havendo a possibilidade da meia-entrada, claro, para estudantes, professores - com o holerite, aposentados e etc.
Ainda assim, não é caro né? Dezesseis reais para ver todas essas obras de arte vale a muito a pena!

Nós optamos por almoçar na tradicional Bella Paulista, , do Masp até lá dá uma caminhadinha pela avenida paulista. Eu adoro caminhar pela paulista, então não me importei nem um pouco. Ainda mais em saber que no fim do caminho teríamos a melhor coxinha de frango com catupiry ever! O legal da Bella Paulista é que tem muitas opções, desde lanches e salgados até pratos bem saborosos, passando por sopas, pizzas, massas e etc. Nós optamos pelo delicioso Melo Alves (um risoto acompanhado de medalhões de filet mignon ao molho de mostarda), com vinho tinto. Sem contar a infinidade de sobremesas. Não foi uma refeição barata, mas muito boa e com ótimo atendimento! Vale a pena!


Em seguidas, mudamos o rumo do passeio e fomos dar uma volta na Liberdade.
Atenção: opinião totalmente parcial. Eu não vejo muita graça na Liberdade..rs
Nesse dia, especialmente, tinha tanta gente que até me irritou. É legal para quem quer comprar cosméticos, tem duas lojas Ikesaki, enormes, com muitas variedades de preços e marcas. Achei que vale a pena para produtos de salão de beleza, principalmente para o trato de cabelos e unhas. Para maquiagem, não achei muito legal não. E também tem lojinhas de bugigangas em geral. Enfim, é bonitinho pela decoração oriental, em vários lugares, você só ouve as pessoas falando em japonês, é a china town de São Paulo, (só que japonesa rs) Em outra ocasião em que estive lá,  coincidiu de ser o dia da feirinha, procurando aqui pela internet parece que ela acontece aos sábado e domingos.Enfim, é mais um passeio de compras. Para quem nunca foi e gosta de comprar coisas baratinhas, é uma opção.

De lá, fizemos uma caminhada pelo centro de São Paulo, em direção a catedral da Sé.
É um paradoxo. O lugar é um marco, literalmente,  marco zero de São Paulo, seria um dos principais pontos turísticos, mas o cenário ao redor da catedral é muito triste. Mendigos, pedintes, pessoas dormido pela praça, enfim, triste, essa é a palavra. E onde tem pobreza, tem violência. Não nos aconteceu nada, mas ficamos com receio, claro. A catedral é linda, mas não ficamos muito à vontade para apreciá-la por fora. A construção é grandiosa, inspirada no modelo gótico, até mesmo nos vitrais e tem órgãos gigantescos. Linda demais. Fiquei triste por pensar que é um lado de São Paulo que as pessoas têm medo de conhecer. Tem policiamento,  mas até quando a vida nas grandes cidades do Brasil vai ser assim, né? Enquanto a coisa não melhora, a gente vai do jeito que pode! Toma alguns cuidados, mas não podemos deixar de viver as coisas por medo.

Seguimos a caminhada, passamos pelo Pateo do Collégio, onde tem o Museu Anchieta, mas só passamos mesmo, não chegamos a entrar. O destino era o mosteiro São Bento. O legal dessa caminhada no centro de São Paulo é observar a arquitetura, as construções antigas são belíssimas, o prédio da caixa econômica federal é imponente. Eu adoro ficar observando tudo isso. São coisas que passam batidas quando o caminho faz parte da rotina, do cotidiano.

Enfim, chegamos ao Mosteiro São Bento, para encerrar com chave de ouro. Para quem não sabe, os beneditinos são monges que vivem no claustro total. O acesso ao mosteiro  é limitado, cabendo aos visitantes a Igreja. Nós chegamos ao mosteiro próximo ao horário das missa, mas no site tem os horários das missas com cantos gregorianos e com o órgão (grandioso também) da basílica. Independentemente de ser católico ou não, a visita ao mosteiro equivale a visitar uma obra de arte, ele é incrível. Eu gosto muito do ritual católico, então o silêncio, o canto, traz uma paz. Ao pesquisar páginas da internet para compor esse post descobri que tem uma biblioteca no mosteiro, mas não sei qual é o limite para o acesso, sei que alunos e professores do colégio São Bento podem utilizá-la. Enfim, acompanhando o site da para saber o melhor dia e horário para fazer a visita. E se possível, encerre o passeio com o delicioso pão de mel com geleia de damasco, feito pelos monges (7 conto, mas é uma delícia!).

Quem quiser, pode finalizar o passeio em alguns dos charmosos bares que têm ali pela região. Nós já estávamos cansadas e as meninas tinham um longo caminho pela frente. São Paulo é uma cidade rica em todos os sentidos. Rica de contrastes, de diversidades, opções e cultura. Aproveitar essa riqueza é quase uma obrigação. Pegue seu guarda-chuva e uma blusa de frio, (o clima é sempre imprevisível), um sapato confortável, um bilhete do metrô e aproveite o que a cidade tem para oferecer!

sábado, 15 de outubro de 2011

Rock in Rio!

O verdadeiro motivo da minha viagem ao Rio de Janeiro era o Rock in Rio! De quebra, aproveitei um dia lindo turistando por essa cidade incrível, mas o meu destino era a cidade do rock. Ir a esse rock in rio tinha um significado muito especial, para saber mais leia aqui., mas nem tudo é mágico na realização de um sonho, e uma viagem que tem como destino um festival de música requer algumas precauções! 
Como eu fui no último dia do festival, já tinha dado tempo da organização consertar algumas merdas e também peguei as dicas com a galera. Vou compartilhar com vocês porque acho que são dicas que servem para qualquer festival/show! 

Na hora de preparar a bagagem, não esqueça de algumas coisas! 
Itens indispensáveis na bagagem: 
1. CAPA DE CHUVA: mesmo que não chova, sempre tenha uma a mão! Daquelas baratinhas mesmo, porque você vai descartá-la depois, com certeza. Eu tinha como amuleto carregar capas de chuva porque sempre que tive uma não precisei usá-la, mas dessa vez falhou! E ela funciona sim! Mesmo que você acabe se molhando de alguma forma, ela protege do frio que vem junto com a chuva. Além de ajudar a proteger objetos que eventualmente estejam no bolso e etc. 
2. TÊNIS. Não invente! A não ser que você vá ficar em um camarote especial, use um bom tênis! Ele aguenta tudo: horas de fila, bate cabeça, lama, caminhadas, enfim.. escolha um tênis que seja confortável e gatinho e seja feliz! 
3. CANGA/TOALHA/AFINS: Esses festivais levam um longo tempo, você vai querer sentar. E deve! E vai ter que fazer isso em um gramado ou no chão mesmo. É legal ter algo para sentar (até deitar) em cima. Mesmo porque tem muitas coisas no chão (copos caídos, latinhas, etc) é algo que não ocupa muito espaço e vale a pena! 
4. REMÉDIOS EM GERAL. São coisas que a gente não lembra mas que fazem a diferença. Um remédio para dor de cabeça ou dor no corpo. Tem coisa mais chata que uma dor de cabeça que surge do nada? 
5. MÁQUINA FOTOGRÁFICA: Uma só! Se estiver em grupo, não precisa cada um levar a sua. Se seu celular tira fotos, leve só ele. Você vai querer fotografar, filmar, não se prive disso por medo de assalto! Só tome cuidado e leve uma que seja fácil de guardar! Nada daquelas máquinas super profissas. 
E tudo isso em uma MOCHILA bacana - você coloca nas costas e esquece da vida! 


Eu sempre tenho o maior cuidado com o meu ingresso!! Levem TUDO menos o meu ingresso! rs Então, ele sempre fica em uma dolleira - sabe aquelas bolsinhas que a gente coloca por dentro da roupa? para guardar dinheiro? - até o momento de adentrar o recinto! Aproveito para deixar nela também documento, dinheiro e cartão do banco. Como tinha rolado boatos de furtos, aí que eu tive certeza de que assim seria mesmo. Mas eu faço isso em qualquer show que eu vá. 

O antes..
(Ônibus Linhas Primeira Classe) 
Tudo que poderia ser feito antes, eu fiz. Então já vi antes como fazer para ir até a cidade do rock, optei pelos ônibus da linha 1ª classe. Pode ser que eu tenha gastado mais - custou 42,00 com taxa de entrega - mas achei melhor evitar ter que decidir isso por lá! Os ônibus eram ótimos, saíam de vários lugares da cidade, mas eu percebi que rolou várias malandragens: não conferiam a carta que eles insistiram para que levassemos, algumas pessoas compraram na hora, você não precisava ir necessariamente no horário que havia comprado, essas coisas. 
Logo que cheguei, o portão ainda não estava aberto, então me dirigi ao fim da fila (imensa). Pouco tempo depois da abertura dos portões, recebi uma ligação de uma amiga que tinha chegado depois de mim e já tinha entrado. Ou seja, virou tumulto e uma galera cortou fila. Infelizmente, isso acontece SEMPRE neste país né.. Mas cabia a organização do evento a evitar que isso acontecesse né. Por fim, eu levei quase três horas para entrar. É claro, a gente está lá pra se divertir, acaba relevando, mas quando está todo mundo na mesma é uma coisa, saber que tem gente se dando bem às suas custas não é legal.. 

Durante... 
(reparem no gramado sintético)

A estrutura do evento era mesmo incrível! Logo na entrada você se depara com o Palco Mundo, imensooo! O gramado sintético foi providencial (imagine a lamaceira que ficaria se fosse grama de verdade!). Mas o que me surpreendeu mesmo foi o banheiro: sem filas, limpo e COM PAPEL HIGIÊNICO! Não é demais? Havia circulando pela cidade, rapazes que vendiam o chopp Heineken. Ou seja, não era necessário pegar filas para comprá-lo! Isso era ótimo!!! 
Outra coisa que foi ótimo também foi poder entrar com alimentos. Não é nem pelo preço, que apesar de caro, é o que costuma ser em qualquer evento desse porte, mas pelas filas. A praça de alimentação era imensa, mas a gente não queria perder nem mais um minuto que fosse em filas. O ideal é levar coisas leves, que não possam estragar com o calor, e com o "empurra-empurra". Nós fizemos lanches de pão de forma e presunto e queijo.  (porque chega uma hora que você não aguenta mais club social e barrinhas de cereal), levamos fruta - maça e damasco seco - e as tais barrinhas e bolachas. Água, muita água!!! Por mais que você queira encher a cara, vai chegar uma hora que vc vai querer MUITO um copo de água. E sabe quando vai custar? CINCO REAIS o copinho! Como estávamos em três, levamos duas garrafas de 1,5 l. Pesou para garregar? Sim! Mas podíamos deixar a mochila no chão boa parte do tempo, e tomamos quase tudo! 
Outra coisa que é um paradoxo é a bebida! Eu cheguei a ficar quase 15h no evento, é difícil (e caro!) se manter bêbado por tanto tempo. Fora que eu não tenho mais idade para isso! rs Meu corpo não aguenta, eu queimaria a largada! O legal é você beber razoavelmente, se manter hidratado e alimentado, assim evita as idas ao banheiro (apesar de limpo, às vezes, vc tem que enfrentar uma galera para chegar até ele) e correr o risco de ter um treco e perder os shows né? 

(Primeiro show do Palco Mundo) 
Muito se falou pela mudança do perfil das atrações. É triste, mas os tempos mudaram. O cenário do rock hoje é muito diferente do de 1985. e o Rock in Rio virou uma marca, não é mais um festival de rock, mas sim um festival de música. O que eu achei legal foi que teve atração para todos os gostos e pudemos escolher o dia que mais tinha a ver com o seu estilo! Ainda bem que eles perceberam que não fazia sentido colocar Carlinhos Brown e Guns n'Roses no mesmo dia, não é mesmo?
O que eu não entendo é toda essa revolta da galera, escolha o dia que tenha a ver com o seu gosto e vá, ué, pra que se revoltar tanto porque tiveram atrações pop's. Sou a favor da liberdade de cada um curtir o que quiser e também do respeito ao artista: você não gosta, não vaie. Apenas NÃO VÁ! 

Eu queria Rock e tive muito rock!!!!! Logo que cheguei, estava rolando Mutantes no palco Sunset! Um show curtinho, mas muito legal. Depois demos uma volta pela Rock Street! Artistas de rua, covers, tudo muito legal. Não pude aproveitar os brinquedos porque as filas eram imensas e eu já falei sobre elas aqui..rs Mas a tirolesa era um negócio incrível! Passava em cima da galera, na frente do Palco Mundo! Demais! 

Gostei de todos os shows do Palco Mundo. Detonautas me surpreendeu e muito! Críticas ao governo e  animou muito a galera! A Pitty foi criticada pela falta de entusiasmo, sinceramente eu não veja muita necessidade de ser tão efusivo em um show de rock. Esse negócio de "levanta a mão pro alto galera" é coisa de micareta, tô de boa! rs Evanescence foi lindo! Sempre gostei da voz da Amy Lee! Foi o momento de descansar as pernas e ouvir a música, e se preparar porque em breve o chão iria tremer! System of a down foi o show da noite. Como fã do Guns, eu preciso reconhecer que o show principal não foi o último. Que show! Que som! Músicas fortes, letras inteligentes! Acho incrível a habilidade vocal do Serj Tankian! Desde então, não consigo parar de ouvir as músicas do show. Depois do show do SOAD, veio a chuva. Bem que o tiozinho que vendia capas de chuva disse: Toda vez que Guns n'Roses vem ao RJ chove!! E além da chuva, o atraso do Axl Rose. O tempo não passava. Quando o show começou, eu esqueci tudo! Mas deu um belo bode ficar esperando, esperando.... enquanto o show acontecia, pessoas tentavam enxugar o palco que formava poças! Não estava nem um pouco preparado para a chuva. Não vou fazer críticas a performace do Axl porque eu já sabia que ele estava assim, fui vê-lo porque quis, porque, pra mim, ele é uma lenda do rock. E eu cantei T-O-D-A-S as músicas e pulei e chorei! Lindo! Até as 5h da manhã! 

Depois e considerações finais: 

Achei a saída para os ônibus bem organizada, o motorista parou em um lugar que ficaria bem fácil para nós. Também não tenho nada de críticas quanto a segurança, na fila, havia muitos policiais e também não vi tumultos nem brigas. Rolava alguns atritos nas trocas de show, as pessoas queriam circular e algumas sentavam, diminuindo o espaço, não sei como isso poderia ser resolvido. Concordo com as declarações do Roberto Medina, precisa diminuir o número de pessoas, assim os problemas serão menores. 
Eu não comprei souvenir oficiais, eram muito caros! Comprei uma camiseta por 20,00 porque eu sempre compro quando vou a shows, mas as melhores lembranças mesmo são as fotos e o que fica quando você fecha os olhos!
Achei a organização do evento muito boa - tirando o despreparo para a chuva - e também que a cidade soube acolher aqueles que vieram de longe. É um evento inexplicável, só mesmo participando para saber como é! Principalmente se tem algum show que você goste muito! E em 2013? Eu vou de novo! 
 (Guns N' Roses, in November Rain) 

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dica: Guia do Viajante Independente na Europa!

Eu amo Guias de Viagem!!! Não consigo viajar sem um! Acho muito legal ter a mão algo que te dê dicas, truques, me sinto "prevenida" para conhecer o lugar, fico me achando a espertona que já sei todas as dicas (doce ilusão, só chegando lá é que você descobre realmente se as dicas são boas..rs) Mas mesmo com todas as controvérsias, eu não abro mão de um bom Guia de Viagem!
E vejam só o que a minha grande amiga e companheira de viagem me deu de presente de aniversário:
"Sinta o perfume das cidades. Coma uma baguete sentado numa praça. Admire a beleza de ruas e calçadas por mais simples que sejam. Converse (ou tente, ao menos) com os habitantes. Descubra um pouco mais da história local. Caminhe e Caminhe enquanto suas pernas aguentarem.Quando cansar, pegue um ônibus, um bonde ou um trem e voe pela janela. Conheça outros viajantes, e de todos os planetas. Orgulhe-se, onde quer que você esteja, de estar exercendo a sua cidadania universal." (Guia do Viajante Independente na Europa)

Que vontade de arrumar as malas e partir!
existe coisa melhor que viajar???
:)

domingo, 9 de outubro de 2011

Um dia no Rio de Janeiro.

No último fim de semana, eu e mais cem mil pessoas fomos ao Rio de Janeiro com um objetivo: Rock In Rio. Mas já que estávamos lá, por que não aproveitar a Cidade Maravilhosa, não é mesmo? Creio que muitas pessoas que não eram do Rio fizeram isso, afinal, a cidade que já é bem movimentada normalmente estava ainda mais!
Só havia um problema: o superfaturamento!! Se por um lado, as promoções de passagem aérea deram uma forcinha pra galera, a hospedagem estava um roubo! Hostels que tinham tarifa de 50r$ a diária em quarto compartilhado estavam cobrando 150r$!! No final das contas, o ingresso para o festival era o mais barato de tudo!Bem, vou dar umas dicas de como eu fiz pra conseguir me virar nesses dois dias no Rio de Janeiro sem estourar o orçamento!

Transporte: eu não comprei passagens com muita antecedência, então não achei valores nem horários que compensassem saindo de Viracópos (campinas), então optei por ir de ônibus e voltar de avião. E querem saber? A viagem de ônibus foi bem melhor que a de avião. Sem precisar de uma hora de antecedência, poltrona confortável, cobertor e travesseiro, espaço para esticar as pernas, sem a tensão de perder a bagagem. Viajamos durante a noite e mal percebi a viagem passar. Enquanto a volta de avião teve atraso de uma hora e meia,  mais o tempo de antecedência para fazer check-in, esperar bagagem, enfim, levei muito mais tempo fazendo a viagem de avião do que a de ônibus. Logo, acho que devemos parar com essa visão de "viajar de avião é chique e muito melhor" e considerar os nossos bons e velhos ônibus para percursos não muito longos (é claro que vc não vai querer ir pra Bahia de ônibus né, mas até o Rio de janeiro é tranquilissimo!)

Para circular pela cidade, optamos pelos ônibus - 2,60 tarifa - e em alguns casos, o táxi.Quanto ao táxi, cuidado para não cair na malandragem carioca: existem empresas dentro da rodoviária que te abordam e oferecem um serviço com valor fechado, sem rodar o taximetro, o qual é muito mais caro do que se o taxista fizesse o valor justo. Então, o certo é sair da rodoviária e procurar os táxi regulares. Da rodoviária a copacabana, custou 20,00. Já para o aeroporto, foi bem mais caro. De Copacabana ao Galeão saiu 50,00 reais. Existe um ônibus que eles chamam de "frescão" que faz esse trajeto, mas eu não tinha tempo hábil e como os horários não eram muito frequentes, achei melhor não arriscar.

Hospedagem: No Rio de Janeiro, a localização é também questão de segurança. Por isso, é sempre bom optar pelos bairros da Zona Sul, que consequentemente são mais caros. Graças ao http://www.booking.com/
achamos esse Hotel na ponta de Copacabana, Hotel Diplomata, que tinha um preço honesto e infraestrutura mais que suficiente para apenas dois dias. Saiu mais barato do que se ficassemos em um hostel com quarto compartilhado, a localização era próxima a Avenida Princesa Isabel  onde tem grande circulação de taxi e ônibus. Além de um café da manhã firmeza! Com certeza, em uma volta para o Rio de Janeiro, procurarei por ele novamente!

Passeio turístico- Cristo Redentor: voltar do Rio de Janeiro sem uma foto com os braços abertos embaixo do Cristo é como ir a Paris e não ter fotos com a Torre Eiffel, certo? Na minha primeira vez ao Rio de Janeiro, eu era criança, então precisava voltar, fora que meus companheiros de viagem não conheciam. Fomos logo pela manhã. Para chegar ao Corcovado deve-se ir ao bairro do Cosme Velho (quem leu Machado de Assis? rs) assim que você chega - seja de ônibus, como foi o nosso caso, ou táxi - o assédio das cooperativas de van é incisivo. Eles fazem ofertas tentadoras em detrimento do tradicional trenzinho. Não se iluda! No meu caso, por exemplo, teria sido a maior besteira. No trenzinho, eu pago meia entrada, com carteirinha de estudante, e quem tem cartão Itaucard também paga meia. Ou seja, um passeio que era pra ser 43,00 reais saiu por 21.50! Se você não tem a opção de pagar meia entrada, talvez até compense optar pela van por causa da rapidez e do ar condicionado, mas a subida de trenzinho é bem legal, tradicional, enfim, turística! Vale a pena! Além de ser bem organizado!
Lá em cima, a vista é linda de morrer!!! Eu fiz a besteira de subir as escadas ao invés de usar o elevador, quase morri (mas a maioria das pessoas estava fazendo isso, fui na onda..rs), tem que ter paciência para achar um cantinho pra tirar foto, mas vale muito a pena! É lindo demais!
 (Clichê!) 
 (vista do trenzinho)
(Lá em cima!) 

Alimentação: Aceitamos a sugestão de um panfleto e almoçamos  por ali mesmo, apesar de ser próximo a um ponto turístico, o restaurante não era absurdamente caro. Esquema self-service, cerca de 30,00 reais o quilo, para quem está acostumado aos preços de São Paulo, está tranquilo, não? Próximo a pontos turísticos tudo é sempre mais caro, então convém procurar algo aos arredores e encontrar algo mais em conta. Por exemplo, na lanchonete dentro da Estação do Cosme velho, a cerveja custava 5,00 reais. A poucos metros dali, custava 3,00 com uma ambulante, ou seja.. cuidado para não pagar  valor feito para os gringos! rs

Praia: Passamos a tarde na praia de Ipanema. O aluguel do guarda-sol saiu por 4,00 reais, as cadeiras tinham o mesmo preço. Mais uma vez, cuidado com a malandragem, em outra ocasião no RJ, um amigo pagou 8,00 reais pelo guarda-sol, O DOBRO, porque deu pinta de turista. Sacanagem né? Enfim, nada diferente do que acontece no litoral paulista também! É só uma atenção que sempre temos que ter! A praia é.. bem, precisa explicar? Pessoas bonitas circulando, um pôr-do-sol incrível e a água muito gelada mesmo debaixo de um sol de 40º graus! vá entender!


A noite: Bem, não pudemos aproveitar muito a noite porque o dia foi longo! Cansaço de viagem, sol, passeio turístico, enfim, são coisas que desgastam. Então optamos por um quiosque à beira da praia mesmo (ruim né?) um Quiosque Brahma, em frente ao Copacabana Palace, a poucas quadras do Hotel. Choppinho, comidinha de boteco, pra fechar o dia com chave de ouro. Aqui, os preços eram um pouco mais salgados - uma porção individual de escondidinho 19,90 e uma coxinha por 4,00 , para quem conhece os quiosques da Brahma, sabem que é assim mesmo a média de valores.

Ainda faltou muita coisa para conhecer e mesmo assim deu vontade de largar tudo e passar o resto do ano no Rio de Janeiro! Oh, cidade linda, viu! A parte chata é só ter que aturar os cariocas... ;) brincadeiras a parte, espero poder voltar e passar bastante tempo!

sábado, 10 de setembro de 2011

Musée du Louvre - Paris

É incrível. É enorme. É é é.. inexplicável.
Lembro bem que no meu primeiro dia em Paris fiz questão de ver três coisas: a Torre Eiffel, a Notre-Dame e o Louvre. E nós vimos. E fizemos tudo a pé! rs Foi cansativo, mas valeu a pena!!
Reserve boa parte do dia para visitar ao Louvre. Em minha viagem, eu fui duas vezes, e como era verão, tivemos sorte: durante dois dias da semana - quarta e sexta - o museu ficava aberto até às 21h, e depois das 18h era grátis para menores de 26 anos, mas quem tivesse mais de 26 pagaria apenas 6 euros! Ou seja, fui ao Louvre duas vezes e DE GRAÇA! Coisas que só a Europa faz por você!

Na primeira vez, apenas observei a arquitetura, molhei meus pezinhos na fonte, tirei foto das pirâmides e passeamos pelo Carrousel du Louvre. É uma espécie de shopping que tem no piso subterrâneo, tem umas lojinhas mais caras mas tem uma livraria incrível onde eu comprei livros de arte por 2,00 e 3,00 euros!
Você pode fazer tudo isso sem pagar, porque não é "dentro do museu"!
 (molhando os pezinhos na fonte! O calor é brabo, minha gente!) 
( vista do Louvre vindo pelo Jardin des Tuilleres) 

(a pirâmide invertida: o Carrousel du Louvre é em torno dessa pirâmide) 

Depois, voltei ao Museu para visitá-lo de fato. É muito grande e se perder é inevitável. Tem mapas em todas as línguas (pra nossa sorte! são poucas coisas em português por lá) e este mapa te indica as obras mais famosas! Isso ajuda bastante porque é muita coisa e as coisas mais conhecidas não ficam no mesmo lugar. Então, fizemos o circuito "obrigatório" do Louvre com as principais obras: 
 (Ramsés) 
 (é grande...) 
(Achei fofo!) 
 (Monalisa!!!) 
 (Código de Hamurabi) 
 (Eros e Psique) 
(jóias da Coroa) 
(Vênus de Milo) 

O que hoje é o Museu já foi um Palácio, o Palácio do Louvre, que serviu de moradia por várias gerações da monarquia francesa até o reinado de Louix XIV que levou a família real pra Versailles. A importância história do museu é inquestionável. Ir a Paris e não ir ao Louvre é uma heresia! Mesmo que você não goste de arte, pelo menos conheça a arquitetura, veja a Monalisa (é uma "quadrinho" pequeno e vc tem que disputar com milhares de japoneses para tirar foto mas é uma experiência única!) 

A minha segunda visita ao Louvre foi bem mais tranquila, me deixei surpreender por de repente encontrar um quadro famoso, ver um artista fazendo uma réplica, enfim, passear sem ficar procurando tudo no mapa! Eu adoro museus, então... sou suspeita! 

Como sempre, tudo se transforma às noite, e a paisagem fica ainda mais linda: 

E se vc quiser rir da minha cara, vê esse Video  aqui do dia que vimos o Louvre iluminado à noite!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Comendo em Paris - parte I

A maior preocupação de quem viaja (principalmente brasileiros) é a comida! Acho que somos muitoooo apegados a nossa comida (que é deliciosa, fato) e por isso não conseguimos ampliar nossos horizontes e comer coisas diferentes! Quantas vezes você não ouviu um turista recém-chegado dizer: "Ah, o Mc Donald's de lá é igualzinho ao daqui". AHVÁ! É uma franquia, minha gente! Logo, o Bigmac é igual em qualquer lugar do mundo! O mesmo se dá ao subway, burger king e etc.

Por isso, o meu conselhor é: desapegue! Não tem problema se vc for uma vez ou outra ao Mc Donald's, mesmo porque, desbravar um restaurante de outro país requer esforço, mesmo que vc conheça a língua, e ficar perguntando tudo para o garçon se torna desgastante, mas procure conhecer o que é do lugar, coma algo que vc nunca comeu antes, experimente, goste, não goste, você nunca sabe quando poderá voltar àquele lugar, experimente o que ele tem para te oferecer! O máximo que pode acontecer é você não gostar. Simples assim!

Hoje contarei a minha experiência gastronômica em Paris, mas ainda passarei por outros lugares para que o blog não fique monotemático:

- Os clássicos

Tem coisas que você não pode deixar de experimentar! Você não é obrigado a gostar, mas voltar de Paris sem experimentar essas delícias.. hummm, é um sacrilégio!

Os macarons 

(eu e Ju no Paul do Marais, Paris) 
Esses docinhos nem sempre foram de acesso a todos, 'no século XVI, o macaron foi levado para a França pela corte de Catarina de Médicis e sua receita era mantida em segredo, atendendo apenas à nobreza. As primeiras a fazer os biscoitinhos na França foram as irmãs do convento Saint-Sacrement, da cidade de Nancy."  É difícil definir o que ele seja, lembra a um suspiro com um creminho entre as duas partes, e tanto a massa quanto o recheio têm sabor. Como vocês podem ver, eu e a Ju queriamos experimentar TODOS os sabores e compramos essa caixinha! Ela não é irresistível? Só que as gulosas comeram TODOS de uma vez! rs Foi a primeira e última vez que comi Macarons em Paris. Mas comi! hah E gostei! 
Recomento o de Baunilha, Chocolate e Café. A Ju adorou o de Pistache. São deliciosos! Esses são de uma rede chamada  Paul - tem em todo lugar e serve lanchinhos ótimos com um preço honesto - os mais famosos são da Ladurée, parecem jóias de tão delicados! Enfim, não deixe de comer um Macaron quando for a Paris! Mas não faça como eu, coma um de cada vez..rs

Crépe 
(Ju, Cris e Eu, crépe de uma barraquinha no Trocadero, onde tem a vista para o Torre)

Tem milhares e em qualquer esquina e são todos uma delícia. São uma ótima opção para quando você está andando o dia todo e precisa de um lanchinho rápido. Existem restaurantes especializados, mas eu comi aqueles de rua mesmo!
Tem salgados e doce. A boa notícia: chocolate significa NUTELLA! Tudo tem NUTELLA! Isso é amor! S2
Esse daí da foto era de Nutella com Banana (eu sei, saí do Brasil para comer Banana, mas era o que tinha, eu juroooo!) os outros sabores eram como geléia de fruta e não com a fruta mesmo, como no caso da banana. A disponibilidade das frutas é sempre de acordo com a estação! São baratos, deliciosos e super franceses! Não tem porquê não experimentar!
Croissants
Em qualquer petit déjeuner vocês encontrarão os famosos croissants, só por curiosidade, o significado da palavra é Crescente, e este nome é por causa do formato da Lua! (assim como acontece no espanhol) Parece-se bastante com o Croissant daqui, mas a massa é levinha, e não tem recheio. (só no Brasil mesmo que a gente põe recheio em tudo!) você pode por geléia ou mel, manteiga, enfim, mas com frango com catupiry, não tem não! 
(Petit Dejeuner do brasserie "amiga" próxima ao apê que eu NUNCA lembro o nome!) 
O petit dejeuner geralmente tem croissant ou baguete com manteiga/mel, suco de laranja (jus de orange) que não é natural, é daqueles de caixinha, sabe? e café créme, o nosso famoso café com leite! hehe 

Bem, me dei conta de que são muitas coisas para contar, então farei por partes, por hoje, ficam alguns clássicos! 
Aproveitem para ver esse vídeo, ele traduz exatamente as melhores coisas de viajar - Move, Learn, Eat - ficamos agora com o Eat 

Bonne Apetit!